O Coletivo Castanheira é uma organização feminista, ambientalista, não governamental, aglutinadora de jovens mulheres da cidade de Porto Velho, provendo o desenvolvimento humano integrado e sustentável, buscando a justiça social e a equidade de gênero através da articulação, difusão de informação, educação popular, e pesquisa-ação.



sexta-feira, 1 de março de 2013

Campanha ‘Homem de Verdade não Bate em Mulher’


Cauã Reymond, Thiago Fragoso, Gabriel Braga Nunes e Rodrigo Simas são alguns dos nomes que estão entre as 10 personalidades masculinas convidadas para participar da campanha ‘Homem de verdade não bate em mulher’, realizada Banco Mundial no Brasil e que será lançada na próxima sexta-feira, 01 de março.
Diante dos alarmantes dados de violência contra as mulheres no Brasil, a agência, que dá assistência para o desenvolvimento e ajuda cerca 180 países membros, tem como objetivo principal acabar com o estigma de que a Lei Maria da Penha, promulgada em 2006, é uma legislação contra os homens.
Mas não é bem assim. A diretora do Banco Mundial para o Brasil, Deborah L. Wetzel, afirma que a igualdade entre os gêneros é fundamental para o desenvolvimento e a produtividade econômica. “Os homens não perdem nada quando os direitos femininos são promovidos. Ao contrário, estudos indicam que relações equilibradas são boas para mulheres, homens e famílias”, aponta.

E não são apenas os famosos que podem participar da campanha. Quem defende a causa pode tirar uma foto segurando um cartaz com a mensagem: ‘Homem de verdade não bate em mulher’ e postar no Instagram ou no Twitter do @worldbanklac com a hashtag #souhomemdeverdade. Bacana a ideia, não?
Por Paula Perdiz
(Portal Vila Mulher, Terra)

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

CARTA DE APOIO ao Curso de Enfermagem da UNIR


Atenção Pessoas que se preocupam com a Saúde e a formação acadêmica em Rondônia.

Os estudantes de Enfermagem da Universidade Federal de Rondônia estão organizando um baixo assinado reivindicando melhorias imediatas no Curso de Enfermagem que está com o quadro de professores reduzidos e insuficientes para formação dos alunos matriculados no curso de Enfermagem em tempo hábil para o tempo de integralização do curso.

Nós, Mulheres e homens do Coletivo Castanheira DECLARAMOS NOSSO APOIO ao Curso de ENFERMAGEM DA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA-UNIR.

Participe, manifeste seu apoio e assine o baixo assinado!

Basta procurar a Lidiane Araújo  (lidiane-madu@hotmail.com) ou outro aluno do Curso de Enfermagem da UNIR, você pode fazer mais, baixe a carta de apoio no link https://docs.google.com/document/d/1y1dU_e2vFQVU_ntcBvGJ2nw8-4E1S2Yr8EYKiaKRudc/pub
Colete assinaturas e entregue para Lidiane ou para qualquer integrante do Coletivo Castanheira.

Por uma universidade digna, popular e justa!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Programação Especial Março 2013




O dia 8 de Março o dia internacional de lutas das mulheres  e não queremos apenas homenagens e flores, queremos debater sobre  os problemas e desafios do nosso cotidiano, assim uma das iniciativas do Coletivo Castanheira foi a preparação de uma Programação Especial para Março , recheada de debates referentes as demandas sociais que nós mulheres enfrentamos diariamente, venha somar conosco, agende-se e participe da nossa programação. 

Segunda- Feira (04/03)
Varal temático – Mulheres na Luta

Neste varal não terá roupas, e sim lutas!

O varal temático tem como objetivo apresentar em formato de varal, imagens que traduzem a lutas das mulheres em diversos momentos da nossa história, do movimento a favor do voto feminino a mobilização nacional da marcha das vadias, além da socialização das históricas de vidas de mulheres tornaram símbolos nacionais e internacionais de luta. assim o varal pretende despertar nas pessoas que terão contato com as imagens, questionamentos, críticas e informações sobre as lutas travadas por diversas mulheres dos os dias.

Local: Bloco de Ciências Sociais - UNIR Campus
Horário: 16 horas



Terça – Feira (05/03)
Cine-Debate – Filme o Aborto dos Outros.

Exibição do Filme e debate: O aborto dos Outros

Uma em cada 4 gestações é interrompida voluntariamente, são mais de 1 milhão de mulheres que realização abortos por Ano.  O filme o Aborto dos Outros faz um relato sobre mulheres que vivem a experiência do aborto. Não é um filme sobre a bíblia, a filosofia ou a metafísica. É um filme sobre maternidade, afetividade, intolerância e solidão. Após a exibição do filme vamos abrir um debate sobre os mitos e polêmicas em torno do aborto.

Local:  UNIR – CENTRO
Horário: 18 horas


Quarta – Feira (06/03)
Mesa Redonda – Os desafios das Mulheres na Universidade

Mesa Redonda Os desafios das Mulheres na Universidade, pretende debater problemas que necessitam de um posicionamento  da  comunidade academia, da Universidade e do governo, como acesso ao auxilio creche, creche universitária, trotes machistas, além de debate sobre as políticas de promoção da participação das mulheres na pesquisas, grupos e pós graduação. Uma vez que necessitamos de políticas públicas de enfrentamento dessas demandas que prejudicam a efetivar participação das mulheres no mundo acadêmico.

Convidados para compor a mesa:

Representante das seguintes instituições

Universidade Federal de Rondônia - UNIR
Pro - Reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis (PROCEA)
Secretaria Municipal de Educação
Diretório Central dos Estudantes – DCE/UNIR

Local: Auditório da UNIR – CENTRO
Horário: 19 horas

Quinta-Feira
Seminário: Movimento de Mulheres em Porto Velho: Diálogos e Perspectivas

Convocamos os movimentos de mulheres de Porto Velho para apresentarem seus desafios e agendas para 2013.

Sabemos que existem hoje em Porto Velho, diversos grupos organizados de mulheres, sendo elas artesãs, negras, jovens, religiosas etc. Neste seminário pretendemos discutir coletivamente sobre os problemas que cercam as mulheres de Porto Velho, como a violência sexual, simbólica e domestica,  acesso a saúde e ao mercado de trabalho dentre outros assuntos;

Convidados para compor a mesa:

Antônia Ferreira dos Santos (Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulheres)
Betania Assis (Centro de Referência da Mulher)
Jamyle Brasil (UNEGRO)
Mara Valverde (Movimento de Mulheres)
Márcia Nunes (IMV)
Roberta Mageski (Coletivo Castanheira)

Local:  Auditório da UNIR – CENTRO
Horário: 19 horas

SEXTA-FEIRA e sábado (08 e 09/03)
Ação Coletiva de Mulheres

Mulheres na Economia Criativa e Solidária é uma ação conjunta das seguintes organizações: Coletivo Caos, Casa de Criola/Economia Solidária, Coletivo Castanheira, artesãs, agricultoras, produtoras e artistas locais, que visão divulgar e fomentar o trabalho de mulheres trabalhadoras autônomas e empreendedoras e ao mesmo tempo homenagear todas as mulheres, o evento será dividido em duas partes:

1º Parte - Sexta – Feira (08/03)

Local:
Galpão da Estrada de Ferro Madeira Mamoré
Programação:
8h às 17h – Feira das Mulheres empreendedoras e Exposições
17 as 22 h – Shows Musicais, Perfomances e intervenções artísticas

2º Parte – Sábado (09/02)
Local:
Centro de Formação dos Profissionais da Educação (Teatro Banzeiros)
Programação:
8h às 10h – Oficina de Flores (revistas e pets)
8h às 10h – Oficina de Stencil
10h às 12h – Oficina de Fanzine
10h às 18h – Exposições e workshop dos catadores e recicladores
14h as 16h – Oficina  e feira de trocas
14h às 18h – Roda Livre de Conversas
16h às 18h – Workshop de palets
18h – Performance artística e encerramento


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Mesa Redonda: Os desafios das Mulheres na Universidade


O Coletivo Castanheira preparou uma programação de debates especial para Março, entre eles irá promover dia 06 de Março de 2012 no auditória da Unir Centro às 19horas a Mesa Redonda intitulada Os desafios das Mulheres na Universidade. Para composição da Mesa convidamos as seguintes instituições Reitora da Universidade Federal de Rondônia/UNIR, Representante do Diretório Central dos Estudantes DCE/UNIR, representante da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis/PROCEA e  O Secretário Municipal e Educação SEMED/Porto Velho.
Mais afinal qual é o objetivo de debate os desafios das mulheres na Universidade. Segundo uma pesquisa do MEC/INEP/DEAED ano de 2007, aponta que do total de 4.880.381 matrículas no  ensino superior no Brasil, 2.680.978 das matrículas foram feitas por mulheres, ou seja, ocupamos um pouco mais de 50% da vagas nas Universidades Públicas, o que confirma que existe hoje em nosso país um livre acesso das mulheres ao ensino superior, claro que isso é fruto de uma caminhada árdua de lutas e conquistas, tendo como enredo uma longa trajetória de enfrentamento a exclusão das mulheres dentro da acadêmia.
 Porém com esse avanço surgiu também novos obstáculos enfrentados por mulheres que geram novas demandas, sendo que a maior demanda encontra-se  ausência de uma política de assistência para estudantes, principalmente as estudantes mães. Que dentro da nossa realidade local enfrentam graves problemas ao conciliar a continuidade dos estudos com os cuidados dados de mães, principalmente, por não terem com  quem  deixar seus filhos enquanto estudam  e por não terem como arcar com as despesas exorbitantes das creches particulares e também por não terem acesso a creches públicas em Porto Velho. Tal problemática é tão grave, que segundo uma pesquisa realizada pela ANDIFES realizada em 2011  revela  que 68% dos trancamentos de matrícula são por licença maternidade e que há um percentual elevado das estudantes com filhos que utilizam as creches universitárias (43,4%), nas 19 universidades que dispõem do serviço.
Assim a Mesa Redonda Os desafios das Mulheres na Universidade, pretende debater esses problemas que necessitam imediatamente de um posicionamento  da Universidade e governo. Uma vez que necessitamos encarar essa demanda como política pública  que visar atender  a comunidade universitária tanto de estudantes, professores e técnicos da instituição.
Será que é possível pensamos em uma Creche na Universidade Federal de Rondônia, tendo em vista que existência de creches nas Universidades aumentam a qualidade de cursos relacionados a áreas da infância, cuidados e administração, ou será que o auxilio creche seria um alternativa melhor?
Além disso, pretendemos durante a mesa pautar outros assuntos, como os trotes machistas, a participação das mulheres no movimento estudantil e a promoção da participação das mulheres nas pesquisas, grupos e pós graduação. Aguardamos sua participação, principalmente a participação das estudantes e mães da Universidade Federal de Rondônia.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Porque somos a favor do planejamento familiar?


      Assistindo a uma destas entrevistas arrancadas entre lágrimas e cobranças sobre as responsabilidades do Estado, fiquei surpresa (creio que não deveria!), diante de uma entrevista dada por uma mulher que afirmava ter 10 filhos! Uma das vítimas da tragédia e de si mesma! É inegável as responsabilidades que o Estado brasileiro tem em relação aos seus cidadãos, principalmente quando lembramos que tal entidade não possui recursos próprios, ao contrário das opiniões vigentes, refletidas através de alguns chavões populares do tipo: “-o governo é rico!”, “-o governo tem dinheiro em caixa!”, “o governo pode isso ou aquilo!” etc. São cinco os meses no ano que cada contribuinte trabalha  só para encher os cofres governamentais  através dos tributos. No entanto, o povo (nesse sentido conhecido como aqueles que sempre têm razão e nunca erram), também possui larga responsabilidade sobre os fatos decorrentes da falta de bom-senso, da ignorância e da ausência de planejamento familiar. Talvez o comentário possa parecer cruel em um momento fatídico como o vislumbrado nas cenas escabrosas no palco das calamidades. Mas a intenção não é a de promover um julgamento sumário, condenando aos que sofrem, mas indicar o caminho da prevenção para que as lágrimas não se renovem.
 

   Se o governo possui sobre os seus ombros o fardo da inoperância, esta se manifesta mais acentuadamente justamente neste ponto, ou seja, quando não trata a questão da procriação como de interesse público, como motivação política urgente e continua a prática do “cavar buraco na beira da praia!”  ou  do “ cão que corre atrás do próprio rabo” . Vejamos alguns exemplos:
A) Se em um hospital são instalados mais 100 leitos e nascem 100+x crianças, quantas ficarão  sem assistência médica de qualidade?
B) Se em uma escola são abertas mais 100 vagas e nascem 100+x crianças quantas ficarão sem estudar? (Não é só um aspecto quantitativo, mas sobretudo qualitativo!).
C) Quantas mais BOLSAS-FAMÍLIAS, PASSE-ESCOLAR, VALE-GÁS, VALE-LEITE, VALE-TRANSPORTE , NÃO-VALE-NADA etc. o Estado vai  suportar distribuir e até quando? Se tudo fosse contabilizado na base de 100, teríamos sempre o saldo negativo de 100+x crianças! Os recursos estão sempre aquém do necessário para alcançar um nível ótimo de distribuição e o princípio do BEM COMUM transforma-se em mera utopia.
   Os exemplos são infindáveis, mas concretos!  Com a  população mundial envelhecendo e a brasileira idem, quem vai pagar a conta previdenciária? Quem vai produzir para gerar tributos suficientes para uma população crescente e miserável? Particularmente não acredito em nenhum governo que não invista pesadamente em programas de planejamento familiar. Não seria exagero dedicar um ministério para cuidar desta titânica missão, considerando a importância, as consequências sociais , as dimensões pátrias e para os crédulos, as profecias bíblicas. (Se você não acredita em Jesus Cristo, creia ao menos em Nostradamus!). E o que dizer da violência? O eminente Professor e Doutor Elsimar Coutinho provou  com dados estatísticos em seu último livro que as atividades desenvolvidas pelo CEPARH, envolvendo programas educacionais de reprodução humana, com medidas práticas através de VASECTOMIAS E LAQUEADURAS,  contribuíram decisivamente para a diminuição relativa da violência na cidade de Salvador. Alguns críticos afirmam que o planejamento familiar não é resposta para todos os problemas. Considerando que isto seja verdade, admitamos a possibilidade hipotética de uma  sociedade na qual todos os casais em condição procriativa não fizessem uso de nenhum método anticonceptivo. Creio que é possível imaginar as consequências! Ainda que tal ação não seja a resposta para tudo, certamente amenizaria grandemente as mazelas sociais contemporâneas.
   Lamentavelmente, nem mesmo a própria lei contribui para este mister. Analisemos o texto extraído da LEI  nº 9.263 de 12  de janeiro de 1996:
   “ART 10. Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações: I- em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25(vinte e cinco) anos de idade ou, pelo menos, com 2(dois) filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60(sessenta) dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce.”
   A mesma lei prevê pena de reclusão de dois a oito anos e multa para o profissional que realizar cirurgia em desacordo com o citado artigo e pena de reclusão de um a dois anos para quem induzir ou instigar dolosamente a prática de esterilização cirúrgica e penas para instituições particulares que ajudarem na esterilização de alguém. Ou seja, só depois que a “casa cair” é que o interessado pode tomar uma providência definitiva para evitar que crianças inocentes rolem morro abaixo cobertas de lama e lixo. É bom lembrar que todos os métodos anticonceptivos falham! Justamente, apenas a VASECTOMIA e a LAQUEADURA  (não confunda com a LIGADURA) que não falham, sofrem restrições absurdas. Em um país onde os adolescentes estão começando os relacionamentos sexuais cada vez mais cedo e promiscuamente e , ainda, a gravidez precoce é uma triste realidade, além da miséria generalizada, a lei em análise parece estimular, em sua entrelinhas, a procriação generalizada e inconsequente;  quanto mais gente ignorante melhor! Quem se beneficia com isso? Até mesmo um cidadão solidário que estimule um pobre morador de rua a fazer uma vasectomia ou laqueadura, financiando-lhe a empreitada, pode ser incriminado! É mais fácil mudar a lei ou os homens?  
   Se você acha, porém, que esta situação não lhe diz respeito, eu devo admitir que estou surpreso com o seu grau de alienação. Mas não fique triste meu caro  insensível! Talvez com alguns exemplos práticos seja possível alcançar um degrau superior na sua evolução mental:
   A) Sabe  aquele menino chato que quer passar aquela flanela suja no vidro do seu carro toda vez que você para no semáforo? Ele vai crescer nas ruas, fumar umas pedras de craque, esquecer por alguns segundos a própria existência, fumar outras pedras de craque, esquecer o futuro, procurar por outras tantas pedras de craque e ao não encontrá-las vai ao seu encontro, não com aquela flanela suja de sempre, mas com a alma dilacerada  e uma arma cedida por um traficante, para lhe tomar à força aquilo que você tem e até o que não tem…   Quem sabe, talvez , a sua dignidade e até a sua vida!

   B) Sabe aquela pobre explorada que você tem  em  casa?  Aquela mesma  que  você faz questão que durma no emprego só para você poder arrancar dela mais algumas horas não remuneradas cuja  ignorância não   deixa perceber a tua vil manobra (infelizmente ela não leu Karl Marx e portanto, não sabe o que é mais-valia). Pois é.  Ela engravidou do seu pimpolho de 16 aninhos! O problema foi resolvido com um aborto. Parece que a palavra “responsabilidade” não existe em seu dicionário. Seu filho precisa de educação e a moça, ou melhor, ex-moça, também. Despedida, ela voltou para o morro, engravidou de novo. O filho que ela gerou da ignorância cresceu e agora com um estilete ele acabou de roubar o tênis do seu ex-pimpolho… Complexas são as teias sociais!
   C) Em um dos semáforos da cidade de Salvador existe uma mulher que se orgulha de ter cinco filhos “trabalhando” para ela e para o seu companheiro viciado em craque, amealhando alguns vinténs dos motoristas que transitam por ali. Sinceramente, neste caso em particular e em outros similares,  sou absolutamente a favor de se aplicar o CONTROLE DA NATALIDADE em substituição ao planejamento familiar. A tal mulher, ou a seu companheiro preferencialmente (já que um homem pode engravidar dezenas de mulheres em um ano e uma mulher ter, em média, uma única gestação) deveria se encaminhar, compulsoriamente, até um hospital público para que fosse realizada uma laqueadura ou uma vasectomia. ( Em uma instituição particular uma laqueadura tem um custo aproximado de R$ 5.000,00 e uma vasectomia já pode ser encontrada até por R$ 250,00).
   Antes que os impolutos defensores dos direitos humanos venham bater à minha porta  a fim de cometerem uma desumanidade contra este indefeso blogueiro, faço-lhes uma pergunta: O que é mais humano ou menos desumano? Deixar que esta mulher e este homem continuem a utilizar os próprios corpos como fábricas de  miseráveis e/ou marginais ou promover-lhes a esterilização  forçada e parar com a irresponsabilidade cruel de ambos, evitando as imagináveis e horrendas consequências sociais? E o que dizer dos alienados mentais que vivem nas ruas? Eles também procriam! É uma medida radical para uma situação social  radicalmente desesperadora. Como se os problemas fossem poucos , algumas celebridades inconsequentes aparecem na mídia com aquele “barrigão”, fazendo-se  notadas e agindo como se estivessem vivendo em um outro planeta  e tendo a certeza de que aquela nova vida não vai ser o seu futuro algoz. (Acho que nunca aconteceu isso; deve ser a minha fértil imaginação!). Estas pseudo-divas se esquecem que são formadoras de opinião, santas–adoradas–distribuidoras–de-autógrafos, que infelizmente influenciam (geralmente de forma negativa) os seus fiéis adoradores. O problema  é que a conta bancária  destes últimos não acompanha, nem de longe, a das primeiras, afora outras muitas limitações.
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   Eu poderia continuar a dar exemplos, mas prefiro deixar isto para outras postagens. Assim é melhor! Antes que você fique cansado de ler. O assunto requer muitas e urgentes elucubrações. No entanto, quero pedir a sua ajuda para conduzir esta bandeira.
   Se você julga que o PLANEJAMENTO FAMILIAR pode ajudar a resolver muitos dos problemas supracitados, então, envie e-mails para os nossos parlamentares, a fim de que a lei seja alterada e programas correlatos sejam desenvolvidos. Também mande correspondências para os amigos, colegas, parentes e simpatizantes desta causa e peça para eles fazerem o mesmo. Lembre-se: cada criança que nasce na miséria empobrece toda a sociedade. Não espere que  o “demônio” da pobreza generalizada venha a invadir a sua casa de forma armada e violenta!


                              

Direito de tomar gratuitamente o contraceptivo é vedado a cerca de 220 milhões de mulheres no mundo


         “O planejamento familiar não é um privilégio, é um direito. No entanto, este direito humano é negado a muitas mulheres e a muitos homens”, declarou Babatunde Osotimehin, diretor-executivo do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), na apresentação do relatório anual sobre o estado da População Mundial em Londres.
          A UNFPA estima que 222 milhões de mulheres carecem atualmente deste direito nos países em desenvolvimento, por razões que vão da falta de informação ao alto custo econômico, passando pelas questões culturais ou religiosas, ou simplesmente pela escassez de métodos contraceptivos.
          No entanto, o poder de decidir quantos filhos ter é indispensável para o desenvolvimento econômico e social dos países.
“No geral, as mulheres que utilizam anticoncepcionais gozam de melhor saúde, são mais bem educadas, têm mais poder em seus lares e comunidades e são mais produtivas economicamente – uma maior participação da mulher na força de trabalho estimula e reforça as economias dos países”, acrescentou Osotimehin, ex-ministro de Saúde da Nigéria.
Para fazer com que todas as mulheres tenham acesso ao planejamento familiar, o UNFPA pede o aumento do investimento em planejamento familiar a 8,1 bilhões de dólares, comparado com os 4 bilhões atuais.
O organismo da ONU considera que os países em desenvolvimento podem economizar, deste modo, 5,7 bilhões de dólares em serviços de saúde materna e neonatal, prevenindo a situação da gravidez imprevista, em alguns casos precoce, que coloca em perigo a vida da mãe e da criança, e abortos realizados em condições ruins.
O acesso universal aos métodos contraceptivos permitiria evitar 54 milhões de gravidezes não desejadas e 26 milhões de abortos, acrescenta o relatório intitulado “Por escolha, não por acaso”.
A organização calcula que em 2012 acontecerão 80 milhões de gravidezes não desejadas no mundo, das quais a metade terminará em aborto.
“Se não for sanada, esta carência de planejamento familiar perpetua a pobreza e a desigualdade entre os gêneros e pode provocar pressões por excesso de população em países pobres que se esforçam, com muitas dificuldades, para satisfazer às necessidades humanas básicas”, declarou o diretor do UNFPA.

movimentos pedem despenalização do aborto e mais compromisso com a saúde da mulher


atgmebrcmaa6ys0Os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que, por ano, cerca de 20 milhões de abortos são praticados em todo o mundo, a maioria deles em situações precárias colocando em risco a vida das mulheres. Mais: 99% do índice de mortalidade materna decorrente de abortos mal sucedidos se situam nos países mais pobres, os menos desenvolvidos. Diante desta realidade, um claro caso de saúde pública e justiça social, é que movimentos em todas as regiões pedem a despenalização do aborto.
O site ‘Hacelos Valer’, parte oficial da Campanha pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos no Uruguai, indica que a cada 20 minutos um aborto clandestino é realizado no país. Com essa realidade, faz-se necessário criar mecanismos de proteção que garantam a vida das mulheres e a liberdade de escolha.
“Para a maioria das mulheres da região, este ato de soberania sobre a própria vida se faz na clandestinidade, em condições inseguras e insalubres, que vulneram a dignidade e a saúde”, explicam em texto em referência ao dia 28 de Setembro – Dia Mundial pela Despenalização do Aborto.
No Chile a realidade não é muito diferente. Por conta de uma lei que não permite o aborto terapêutico, o número de mulheres que se submete a procedimentos de risco é expressivo. Desde 1989 este tipo de aborto é proibido no país e as demandas dos movimentos organizados de mulheres recaem frequentemente sobre isso.
Para a Articulação Feminista pela Liberdade de Decidir, que integra diferentes coletivos e entidades, a penalização do aborto transgride os pilares mínimos de justiça social e equidade, e os compromissos que o Estado chileno assumiu em conferências mundiais e frente ao sistema internacional de direitos humanos, em especial a Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação à Mulher (Cedaw, por suas siglas em inglês).
“Toda mulher enfrentar a decisão de abortar e as leis punitivas não evitam os abortos, e sim fomentam as práticas clandestinas e perigosas. Colocam, assim, em risco a vida e saúde das mulheres mais pobres e das jovens, o que reforça desigualdades de gênero e de classe. Despenalizar o aborto significa respeitar os princípios de liberdade e autonomia e garantir o direito das mulheres a decidir se baseando em suas próprias convicções, desejos, crenças e circunstâncias”, afirmou a Articulaçao.
Já na Argentina, o grupo Católicas pelo Direito a Decidir (CDD) pede que a legislação atue mais de acordo com o cotidiano de milhares de mulheres, que tenha a questão do aborto em pleno debate porque ela é urgente. O grupo vê no princípio da educação um quesito imprescindível para que se evitem abortos, mas enquanto isso não acontece é preciso não criminalizá-lo. “Educação sexual para decidir. Anticoncepcional para não abortar. Aborto legal para não morrer”. Este é o lema do CDD.