O Coletivo Castanheira é uma organização feminista, ambientalista, não governamental, aglutinadora de jovens mulheres da cidade de Porto Velho, provendo o desenvolvimento humano integrado e sustentável, buscando a justiça social e a equidade de gênero através da articulação, difusão de informação, educação popular, e pesquisa-ação.



domingo, 24 de fevereiro de 2013

Direito de tomar gratuitamente o contraceptivo é vedado a cerca de 220 milhões de mulheres no mundo


         “O planejamento familiar não é um privilégio, é um direito. No entanto, este direito humano é negado a muitas mulheres e a muitos homens”, declarou Babatunde Osotimehin, diretor-executivo do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), na apresentação do relatório anual sobre o estado da População Mundial em Londres.
          A UNFPA estima que 222 milhões de mulheres carecem atualmente deste direito nos países em desenvolvimento, por razões que vão da falta de informação ao alto custo econômico, passando pelas questões culturais ou religiosas, ou simplesmente pela escassez de métodos contraceptivos.
          No entanto, o poder de decidir quantos filhos ter é indispensável para o desenvolvimento econômico e social dos países.
“No geral, as mulheres que utilizam anticoncepcionais gozam de melhor saúde, são mais bem educadas, têm mais poder em seus lares e comunidades e são mais produtivas economicamente – uma maior participação da mulher na força de trabalho estimula e reforça as economias dos países”, acrescentou Osotimehin, ex-ministro de Saúde da Nigéria.
Para fazer com que todas as mulheres tenham acesso ao planejamento familiar, o UNFPA pede o aumento do investimento em planejamento familiar a 8,1 bilhões de dólares, comparado com os 4 bilhões atuais.
O organismo da ONU considera que os países em desenvolvimento podem economizar, deste modo, 5,7 bilhões de dólares em serviços de saúde materna e neonatal, prevenindo a situação da gravidez imprevista, em alguns casos precoce, que coloca em perigo a vida da mãe e da criança, e abortos realizados em condições ruins.
O acesso universal aos métodos contraceptivos permitiria evitar 54 milhões de gravidezes não desejadas e 26 milhões de abortos, acrescenta o relatório intitulado “Por escolha, não por acaso”.
A organização calcula que em 2012 acontecerão 80 milhões de gravidezes não desejadas no mundo, das quais a metade terminará em aborto.
“Se não for sanada, esta carência de planejamento familiar perpetua a pobreza e a desigualdade entre os gêneros e pode provocar pressões por excesso de população em países pobres que se esforçam, com muitas dificuldades, para satisfazer às necessidades humanas básicas”, declarou o diretor do UNFPA.

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