O trote é o momento em que os veteranos dão as boas-vindas para seus calouros. Esse momento, porém, é espaço propício para inúmeras situações de violência contra a mulher. Muitas calouras são obrigadas constrangidas a terem relações sexuais com seus veteranos, ou são expostas publicamente, como houve na UNB, em que foram obrigadas a lamber uma linguiça com leite condensado, simulando sexo oral. São inúmeras também as músicas “de torcida” em que as mulheres são colocadas em posição de submissão, como meros objetos que existem apenas para o deleite dos homens.
Muitos veteranos – e, infelizmente, veteranas – obrigam as calouras a beberem além da conta, deixando-as vulneráveis a qualquer tipo de violência, inclusive a sexual. Depois disso, há a culpabilização da mulher pela violência que ela sofreu, pois há a velha cultura de que “cu de bêbado não tem dono”, quando na verdade estamos falando de estupro de vulnerável, reconhecido pela lei como crime hediondo.
Há, ainda, “brincadeiras” de leilão de calouras, ou strip-tease. Há grande pressão para que as calouras participem dessas atividades, com a justificativa de que, se não o fizerem, serão “caretas” e não irão se enturmar com o restante da seus colegas, calouros ou veteranos. Isso nada mais é que coerção, para que as meninas se submetam a todo e qualquer tipo de exigência de seus veteranos.
Fonte:http://nadaseracomoantesufpr.wordpress.com
A uniao, a reuniao, a expressao sao algumas verdades que norteiam a vida humana.
ResponderExcluiravante Mulheres guerreiras, avante coletivo Castanheira.