Imagem do Fan Page do Não aguento quando. |
Ontem ao deparar com a imagem (ao
lado) postada pela fan page “Não aguento quando” no Facebook que
diz “ Não aguento quando não percebem como o machismo é
prejudicial aos próprios homens” aguçou um debate que pretendemos
enquanto Coletivo Castanheira pauta e articular em
Porto Velho: a opressão machista que recai sobre homens que
não se encaixam em um perfil heteronormativo, hegemônico,
dominador, e Viril.
Na construção social dos papéis sexuais imposto por um modelo patriarcal, violento e autoritário
estabelecido em nossa sociedade que atribui ao homem o modelo ideal
de macho que valoriza seu lado machão, preconceituoso, poderoso e
provedor do lar, enquanto atribui impõe ao feminino um modelo de
mulher conservadora, frágil, cuidadora, submissa e amável
Ao tentar ou sair desse modelo, tanto
homens como mulheres passam quase instantaneamente por um processo de
estigmatização. As mulheres são estigmatizadas por diversos
motivos, desde suas escolhas pessoais ao seu comportamento,
simplesmente porque fogem e questionam esse padrão machista imposto
sobre a o feminino.
Não é diferente com homens que
também buscam sair desse padrão machista masculino, já que a
maioria dos homens que escolhem profissões,
demonstram sentimentos e utilizam padrões vistos como pertencentes
ao “universo feminino”, independentes de sua identidade sexual
são rotulados como frutinhas, frouxos, boiolas e etc.
Segundo
o Marcelo Caetano em uma publicado no site das Blogueiras Feministas
“A
opressão machista não recai apenas sobre as mulheres, mas entendo
que recaia de uma outra forma e, provavelmente, de forma mais
violenta. Não só quanto à violência simbólica, mas também a
violência física”
Vivemos em uma sociedade que um homem
não pode chorar porque é frouxo, não pode ser bailarino porque é
viado, não pode usar roupas coloridas e justas se não estiverem na
moda, usar cremes no rosto e na pele então é coisa de mulherzinha e
ser for cabeleireiros, maquiadores, estilistas ou costureiros só
podem ser gays, esse esteriótipos e preconceitos são perversos,
traumatizantes e infelizmente estão impregnados em nosso cotidiano e
pior estão sendo repassados para as futuras gerações como algo
natural.
Outro
bom exemplo de como o machismo oprime os homens, e a questão da
saúde do homem, segundo
o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) embora a
expectativa de vida dos homens tenha aumentado de 63,20 para 68,92
anos de 1991 para 2007, ela ainda está 7,6 anos abaixo da média das
mulheres, além
disso, segundo relatórios da Política Nacional de Atenção Integral
à Saúde do Homem
concluem
que a
cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. A cada
cinco pessoas que morrem entre 20 e 30 anos, quatro são homens.
Esses
dados retratam
a seguinte situação:
o homem não cuida da sua própria saúde e sabe por quê? Porque o
homem não é estimulado a cuida da saúde e só vai ao médico
quando está doente o que reflete que cuidar da saúde para homem
significa reconhecer sua fragilidade o
que é conflitante com a imagem de virilidade e força imposta e
valorizada na sociedade machista.
E
claro que alguns estigmas
que oprimem tanto homens como mulheres já foram superados em alguns
localidades do País, mas há muito ainda para ser superado e com
intuito de colaborar com essa superação o Coletivo Castanheira
pretende promover ao longo do ano de de 2013 debates para tratar
dessas e de outras questões que envolvem o machismo, as relações
de gênero, opressão,
educação
e violência.
Aproveitamos
para agradecer e parabenizar nossos companheiros e membros do
Coletivo Castanheira Hercílio
Santana , Cley Medeiros e Samuel Muniz que estão colaborando em
nossos debates internos sobre
feminismo e relações de gênero,
nas articulações e despertando nossa sensibilidade para bandeiras
comuns entre homens e mulheres. Agradecemos também aos
administradores do Fan Page Não aguento quando que cederam
gentilmente sua imagem que completa essa publicação.
Dicas!
Acesse,
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e compartilhe
o fan Page
Não aguento quando
no
Facebook: http://www.facebook.com/NaoAguentoQuando
Leia
o
texto:
Homem feminista: ser ou não ser? de
Marcelo Caetano
Texto: Simone Mestre
Muito legal vocês trazerem a questão da mortalidade dos homens jovens e a relação que ela tem com a construção social machista do que é ser homem! Parabéns pelo blog!
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